terça-feira, 22 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Asas de narinas hesitantes
Asas
de narinas hesitantes,
afloram
um sorriso que se mostra desvelado,
amolecido
no seu nervosismo.
Águas
trémulas em forçado
aguentar dos latejos das têmporas gastas.
Alta
capa crispada e incómoda
a
reduzir o conteúdo
abrasivo
das questões emudecidas
aos
cantos da boca movidas pela incerteza.
Amplitude
na corte de trilhos ociosos.
acorda
da sombra na espera sobre o já tarde.
Apanágio
de tramas emaranhadas e divididas.
Arabescos
oblíquos como os raios de sol
antropomórfico,
desenhados por uma criança.
apenas
a um vento de revolta guinchada.
Aos
quatro ventos atira a ponta de cabelo espigado
ansiando
a indiferença fatídica.
Alphas,
betas, pis como sinetas badalam menos sorte,
acrescentando
azares dum verde vómito,
a
encharcar mãos inchadas de vazio.
Angústia
dum oco ocre cinta o pescoço.
A
varanda do risco onde o fardo se inclina rente
a
um qualquer sonho submerso e desafia o chão.
Num melódico desenho a sanguínea
Num melódico desenho a sanguínea,
canta e floresce a púrpura rosa.
Prado da aventura airosa e magenta,
de outros tons encarnado em amora.
Traçado que cresce sem ser apagado,
consente na folha a curvilínea brancura.
Esboça e troça das papoilas,
apetitosas moçoilas dos deuses presente.
Impede a brandura assente em cada veia.
Arrebata num transparente véu.
Dedilhada ameia em castelo de cristal,
com mágoa riscada no peito,
solta cravos ruivos em línguas d`água.
De carne viva numa ferida sangria aberta.
A esfinge duvidosa no sussurar,
entoa uivos na desdita da escalada,
como vampira letal do néctar puro,
que de cor cólera o céu alcança
na sombra que a abarca e tinge.
Um mar sem sal que precipita
a eterna dança de frágil barca.
Botão centelha que abrasa
em casa recolhido e aceso.
Desliza, finge e avança ágil
no instante rubi desmedido.
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