sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
SUICIDA
Suicida
Aceno suspeito e esquivo que
fica em suspenso nos aposentos da desistência e dos soluços entalados. Bilhete
escrito sem pressa, dobrado na coragem, guardado na derrota dos lençóis atados
para a fuga. Legítima defesa sem alibi. Incriminatória versão como única
hipótese. Alternativa inventada no fundo da exclusão e da evidência apanhada de
surpresa. Reposição telegráfica da memória colada nos ombros declinados no
parapeito do salto. O impulso a gritar por reforços em tonalidades e texturas
com as proporções das sombras.
Varanda do risco
Varanda do risco (texto de Mirandulina)
Já
não há capa que reduza o conteúdo das questões emudecidas nos cantos da boca
movidas pela incerteza.
Uma
corte de trilhos ociosos sai da sombra na espera sobre o já tarde. Tramas
emaranhadas, divididas, oblíquas como os raios de sol antropomórfico, desenhados
por uma criança.
Varanda
do risco onde o fardo se inclina rente ao sonho e desafia o chão.
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